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  • Foto do escritorRodrigo Tinoco

O “Missionário Pesquisador”.

Atualizado: 23 de ago. de 2020

Por Rodrigo Tinoco

“Em tudo o homem prudente procede com conhecimento; mas o tolo espraia a sua insensatez.” Provérbios 13.16

Enquanto Deus revela o seu Reino durante a história, os homens vêm sistematicamente fazendo uso da pesquisa (do cuidado da informação) para participar desta expansão. Josué e Calebe foram a terras inimigas para pesquisar. Em 1500, Matteo Ricci, um dos primeiros missionários católicos a chegar na China, desenhava mapas para compreender seus objetivos e planejar as próximas ações. Em 1800, o pai das missões modernas, William Carey, afirmou corretamente que, “para conhecer a vontade de Deus, precisamos de uma Bíblia aberta e de um mapa aberto”. Mais recentemente, em 2010, no Lausanne - Congresso Mundial de Evangelização, Paul Eshleman, em seu texto Priorizando os elementos essenciais da grande comissão, destacou a pesquisa, o mapeamento e o relato como prioridades para a efetividade das ações missionárias atuais.


Cada vez mais, missionários pesquisadores ou mordomos dos dados (estatísticos, cientistas e engenheiros dos dados, gestores do conhecimento, contadores de história, desenhistas, entre outros) estão sendo despertados pelo Espírito Santo para a obra de evangelização mundial, especialmente apoiando e andando junto com aqueles que estão com os pés sujos e as mãos no arado. Uma pessoa que trabalha de forma isolada não tem a possibilidade de alcançar a amplitude dos ministérios, de se manter atualizada com o fluxo de mudanças, a novidade das informações, a diversidade das culturas, os diferentes contextos, etc.


Este aumento no número de pessoas que têm se dedicado ao trabalho com dados vem acompanhado de uma compreensão da mordomia na gestão de conhecimento como um excelente instrumento para o movimento missionário mundial, de modo que seu trabalho se torne mais eficaz e relevante. Estes Missionários Pesquisadores, observando os dados e guiados pelo Espírito, podem ser conselheiros habilidosos na construção de projetos missionários de alto impacto (Provérbios 15.22).


O alvo não são os números, os gráficos e os painéis. A gestão do conhecimento e as pesquisas missionárias alimentam mais do que apenas nossos cartazes, informativos e os leitores de mídia social. Nos bastidores e/ou "fora do radar", elas representam apoio, consultoria, assessoria e análise, suporte de decisão para muitos ministérios, igrejas, agências, organizações e alianças.


Missionários Pesquisadores acompanham movimentos contando sua história, avaliando seu status e padrão de crescimento. Seus números e sugestões são usados por lideres, pastores, professores, catalizadores de movimentos, agências e organizações aqui e em muitos lugares ao redor do mundo. Mordomos dos dados coletam, editam e distribuem estudos de caso dos movimentos missionários. De forma segura (considerando os cristãos perseguidos) relatam as realidades. Realizam, ainda, um número limitado de avaliações de ações/movimentos, para isso vão ao local dos trabalhos missionários, realizam entrevistas, sintetizam os dados e fornecem relatórios e diagnósticos.


Desta forma, projetos de pesquisa personalizados são efetivamente realizados, abordando diversos temas de utilidade para o movimento missionário mundial e brasileiro. O objetivo é identificar onde o trabalho está acontecendo e onde não está, onde devemos seguir em frente ou não, apontando, assim, direções para o estabelecimento de prioridades. O propósito final sempre é ver o nascimento de comunidades de seguidores de Cristo e a expansão do Reino de Deus.

O propósito final sempre é ver o nascimento de comunidades de seguidores de Cristo e a expansão do Reino de Deus.

Existem muitas pessoas que nos contatam por e-mail ou mídias sociais para simplesmente fazer uma pergunta ─ "de onde vem esse número?" ou "que pesquisa você viu sobre esta questão?" – questões que vão desde as definições de “povos não alcançados” até o número de solteiros versus casados ​​no campo transcultural e urbano. Conhecimento que gera mobilização, que gera entendimento do chamado individual dos nossos irmãos e que gera o envolvimento de nossas igrejas locais.


Oremos por uma igreja brasileira mais missionária. Oremos para que cada membro de nossas igrejas participe com o todo de sua identidade em Cristo. Oremos por novos mordomos da gestão do conhecimento. E, finalmente, oremos para que todos nós participemos da Missão de Deus.

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